
Fellini
Criolo
Realidade e fantasia social em "Fellini" de Criolo
Em "Fellini", Criolo faz um paralelo entre o universo fantástico dos filmes de Federico Fellini e a dura realidade das periferias brasileiras. O título já indica essa conexão, sugerindo que a vida nas favelas, com seus absurdos e tragédias diárias, poderia facilmente ser tema de um filme do cineasta italiano, onde o surreal e o real se misturam. Criolo utiliza imagens fragmentadas e oníricas, como “Narina nevou, ninguém se salvou” e “Língua adesivou na fitinha do amor”, para ilustrar o impacto das drogas e da violência, elementos centrais na letra e presentes no cotidiano das comunidades.
A música faz críticas diretas à desigualdade social e à violência sistêmica, como em “Parafal e granada, favela em desgraça / Só agrada o dono do poder”, denunciando como o sofrimento das periferias serve aos interesses dos poderosos. Ao citar “2020 afogando os Nazi”, Criolo insere uma camada política, sugerindo resistência contra ideologias opressoras. Referências a “Claude Lévi-Strauss” e “Antropofagia, hemorragia” ampliam o debate para questões de identidade cultural e violência histórica, enquanto “Cinema Novo Truffaut retrucando” conecta a crítica social do rap à tradição do cinema engajado. O refrão “Tira os menino desse caminho / Escola é o caminho e fé no Senhor” aponta a educação e a espiritualidade como alternativas para a juventude. Assim, "Fellini" transforma a linguagem do cinema em ferramenta de denúncia e resistência, retratando a sobrevivência, a dor e a esperança nas periferias.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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