É Isso Que Eu Soul (part. Paulo Dionísio)

Orgulho e ancestralidade em “É Isso Que Eu Soul” de Cristal

“É Isso Que Eu Soul (part. Paulo Dionísio)”, de Cristal, é uma celebração da identidade negra e da influência do soul na trajetória da artista. Logo no início, versos como “Minha alma é a Groove / Meu estilo é o Soul” mostram como Cristal conecta sua essência à musicalidade negra, usando o trocadilho com “soul” para afirmar que sua alma e seu estilo vêm dessa tradição. O contexto do álbum “EPIFANIA” e a participação de Paulo Dionísio ampliam essa homenagem, reunindo elementos do soul, funk e reggae para valorizar a cultura negra e a importância da comunidade na formação artística da cantora.

A letra destaca o orgulho de ser uma mulher negra do sul do Brasil, especialmente em versos como “South girl, black side / Eles não sabe de onde vem, yeah” e “Só quem sangrou em música pelo sul / Sabe que não é pouco que vai me levar ao fim”. Cristal fala sobre desafios, mas também sobre resiliência, autoestima e transformação, como ao dizer que transforma “cacos” em “joias” e agradece até os tropeços, pois “eles também escrevem a história”. O refrão “Hey, isso é o que eu Soul!” funciona como um manifesto de autenticidade, enquanto versos como “Quando um black body balança / Repare que não é só balançar / Tem arte, beleza, magia / E energia que pode contagiar” valorizam o corpo negro, a dança e a expressão artística como formas de resistência e celebração. A música transmite uma mensagem de empoderamento, pertencimento e alegria, misturando ancestralidade, superação e orgulho.