Succubus

Lilith e o desejo sombrio em "Succubus" da Cyphilis

Em "Succubus", a banda Cyphilis utiliza referências diretas a Lilith, chamada de "master succubus" (mestre súcubo) e "empress of the darkest dreams" (imperatriz dos sonhos mais sombrios), para aprofundar o tema do desejo ligado ao ocultismo e à mitologia. Lilith, tradicionalmente vista como símbolo de rebeldia feminina e sexualidade livre, é apresentada como a súcubo suprema, unindo desejo, poder e escuridão. A menção ao "dark side of yesod sphere" (lado sombrio da esfera de Yesod) e aos termos "kliph" e "Gamaliel" remete à Cabala, onde Yesod representa o inconsciente e a fundação, enquanto Gamaliel e as klipot são aspectos sombrios da espiritualidade. Isso sugere que o desejo sexual na música é uma força tanto criativa quanto destrutiva, vinda das profundezas do inconsciente humano.

A letra cria uma atmosfera de sedução e entrega ao proibido, com versos como "I visualize / Create her body / I make her mine" (Eu visualizo / Crio o corpo dela / Faço dela minha) e "Sexual force / Beyond death" (Força sexual / Além da morte), mostrando que o súcubo é mais do que uma fantasia: é uma entidade que ultrapassa limites físicos e morais. A repetição de "Succubus / Feel my needs / Make me pleased" (Súcubo / Sinta minhas necessidades / Me dê prazer) reforça a ideia de dependência e submissão ao prazer, onde desejo, perigo e autodestruição se misturam. Assim, a música explora o fascínio pelo lado obscuro do desejo, usando o súcubo como metáfora para impulsos irresistíveis e experiências que transitam entre prazer, poder e perdição.