adrenocromo

Imortalidade e obsessão em "adrenocromo" de D$ Luqi

Em "adrenocromo", D$ Luqi utiliza o termo não apenas como referência à substância química, mas também como símbolo das teorias conspiratórias que associam o adrenocromo à juventude eterna e a experiências alucinógenas. Isso aparece de forma direta no verso “ela quer viver pra sempre, adrenocromo”, que liga o desejo de imortalidade a uma busca intensa por sensações extremas. A personagem feminina da música é descrita como alguém que está “sempre a milhão”, “suga adrenalina” e “dilata a pupila”, reforçando a imagem de uma pessoa que vive no limite, em busca constante de novas emoções, como se isso fosse a chave para nunca envelhecer ou cair na monotonia.

A relação entre o narrador e essa mulher é marcada por dependência e fascínio. Ele reconhece que “ela me vicia, não tem mais retorno” e que sua presença altera sua percepção da realidade, a ponto de se sentir “em braços de Morfeu” – referência ao deus dos sonhos, sugerindo que estar com ela é como viver em um estado de sonho ou fuga. O verso “cromossomo sobrepondo cromossomo” pode ser interpretado como uma metáfora para a mistura intensa de identidades e desejos, ou até para a ideia de transcendência biológica, reforçando o tema da busca pela eternidade. Assim, a música mistura desejo, vício e fantasia, usando o adrenocromo como símbolo de uma vida acelerada e sem limites, onde a imortalidade é buscada a qualquer preço.