
LADO A, LADO B
D$ Luqi
Crítica social e resistência em “LADO A, LADO B” de D$ Luqi
Em “LADO A, LADO B”, D$ Luqi utiliza o funk carioca para denunciar a desigualdade racial e a marginalização das periferias, especialmente da Baixada Fluminense, onde cresceu. A repetição do verso “Um pretinho gritando, vocês batem palma / Um pretinho gritando, você não entendeu?” expõe a ironia de uma sociedade que aplaude manifestações de dor e resistência negra, mas não se importa de fato com o sofrimento real por trás dessas expressões. O artista, que também foi professor de Português, traz sua vivência para construir uma crítica direta ao racismo estrutural e à exploração cultural.
A letra faz referências a figuras históricas como Galileu e Teseu para ilustrar a vigilância constante e a luta contra sistemas opressores. Trechos como “O cabelo duro me fez duro de matar” ressignificam estigmas racistas, transformando-os em símbolos de força. Já a crítica à apropriação cultural aparece em “A cena do rap é tipo Torre Eiffel / Quando esse branquinho vai parar de turistar?”, questionando o consumo superficial da cultura periférica por pessoas de fora. O refrão “Baile da baixada, tem fuzil pro alto” e a menção à operação policial em Duque de Caxias evidenciam a violência e a repressão policial presentes no cotidiano das favelas. Por fim, o pedido “Deixa os garoto brincar” sintetiza o desejo por dignidade e o direito à infância, mesmo diante da violência e do descaso.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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