PROJETO ZETA INTERLÚDIO

Rebeldia e crítica social em “PROJETO ZETA” de D$ Luqi

Em “PROJETO ZETA”, D$ Luqi utiliza referências marcantes para afirmar sua postura de resistência e inconformismo. Ao citar o desenho “Projeto Zeta” e a ativista Greta Thunberg no verso “Anos 2000, pique Projeto Zeta / Incomodando demais igual a Greta”, o artista se coloca como alguém que desafia padrões, assim como o androide fugitivo do desenho e Greta, conhecida por sua luta ambiental e enfrentamento ao sistema. Essas comparações reforçam a ideia de ser um elemento incômodo e disruptivo tanto no rap quanto na sociedade.

A frase “Transformei minha caneta em escopeta” destaca o uso da escrita como arma, mostrando o tom agressivo e contestador da música. D$ Luqi critica rappers que buscam fama sem autenticidade, como em “Rapper que lacra por fama, eu tô vendo / Cê né woke, meu mano, não fode”, e valoriza sua origem periférica, a luta diária e a sobrevivência: “Preto com o prato na mão, tô comendo”. A metáfora “Eu no acém, cês tão só no ossobuco” usa elementos da cultura alimentar popular para ilustrar desigualdade e ambição, mostrando que ele aproveita as oportunidades enquanto outros se contentam com menos.

Com um tom direto, urbano e desafiador, D$ Luqi mistura crítica social, referências pop e orgulho de sua autenticidade. “PROJETO ZETA” se apresenta como um manifesto de resistência, onde o artista não teme incomodar e reafirma sua identidade diante das adversidades.