(No Princípio Era) O Verbo

A força da palavra e evolução em “(No Princípio Era) O Verbo”

O título “(No Princípio Era) O Verbo” faz referência direta ao início do Evangelho de João, onde “o Verbo” representa a palavra criadora e transformadora. Da Weasel utiliza essa ideia para destacar o poder da palavra e da comunicação, não apenas como expressão artística, mas também como ferramenta de evolução pessoal e social. A letra reforça esse conceito ao afirmar: “no princípio era o verbo, a palavra e depois a rima, que provocou reacções como se fosse uma enzima”, mostrando que a palavra tem um papel catalisador, capaz de iniciar mudanças e provocar reflexões.

A música também aborda a busca por autenticidade e crescimento, mostrando uma trajetória que vai da impulsividade inicial — “No princípio era a tesão, a fúria e a sofreguidão” — até a maturidade e a procura por conhecimento. O refrão “Palavra de Honra era e é palavra todo o santo dia” valoriza a integridade e a honestidade no cotidiano. Já o verso “quando o meu coração sente, a minha boca não mente” reforça a ligação entre sentimento verdadeiro e expressão autêntica. A menção ao “Manual de iniciação a uma vida banal” sugere que, mesmo em rotinas simples, há espaço para evolução e significado.

No final, a letra assume um tom de conselho, reconhecendo que não existem respostas prontas, apenas sugestões e questionamentos: “O Manual não tem soluções, apenas algumas sugestões, outras tantas questões, envoltas em várias canções”. A ideia de manter o “livro aberto” reforça a busca contínua por autoconhecimento, mostrando que a evolução é um processo permanente, impulsionado pelo poder da palavra e pela vontade de crescer.