Jaloux

Ciúme e vulnerabilidade em "Jaloux" de DADJU

A música "Jaloux" de DADJU aborda o ciúme em relacionamentos de forma honesta e autocrítica. O artista admite seu próprio passado de infidelidade ao dizer: “Oui j’ai fais du mal à je ne sais combien de femmes” (Sim, eu já magoei não sei quantas mulheres). Essa confissão mostra que o ciúme que sente não vem só da desconfiança na parceira, mas também do medo de sofrer as consequências de seus próprios erros, o chamado "retour de flamme" (retorno da chama). Assim, a música revela que o ciúme pode ser tanto uma expressão de insegurança quanto de cuidado, criando uma tensão entre culpa e proteção.

Em entrevistas, Dadju esclarece que, apesar do tom possessivo da letra, ele não se considera um ciumento doentio e nunca invadiu a privacidade da esposa. Ele afirma que o sentimento expresso é mais sobre zelo do que desconfiança, o que aparece em versos como: “Ce n’est pas une question de fidélité / Le problème ne vient pas de nous / Les hommes je les connais” (Não é uma questão de fidelidade / O problema não vem de nós / Eu conheço os homens). A menção à ex-namorada de Balotelli (“T’es mieux que l’ex à Balotelli”) serve para valorizar a parceira, mas também reforça o motivo do ciúme: ela é muito desejada por outros. Ao afirmar “Homme, femme y’a pas d’amitié” (Homem, mulher, não existe amizade), Dadju expõe sua visão sobre amizades entre sexos opostos, um tema central da canção. No refrão, a repetição de “Si je t’aime, je suis jaloux” (Se eu te amo, sou ciumento) mostra que, para ele, o ciúme é quase inevitável quando o amor é intenso, mesmo que tente racionalizar esse sentimento.