Trigger

A Dualidade da Realidade em 'Trigger' de Daisuke Ishiwatari

A música 'Trigger' de Daisuke Ishiwatari explora temas de individualidade, aceitação e a luta interna com a própria identidade. Desde o início, a letra sugere uma despedida definitiva, um afastamento de pessoas que não o aceitariam como ele é. A frase 'Goodbye, never will I see them again' indica uma ruptura, possivelmente com um grupo ou uma comunidade que não compreende ou aceita o eu lírico. Essa separação é reforçada pela ideia de que ninguém é culpado pelo destino do eu lírico, sugerindo uma aceitação resignada de sua situação.

A repetição de 'Keep it real' ao longo da música enfatiza a importância da autenticidade e da honestidade consigo mesmo. O eu lírico rejeita a falsidade e busca manter uma 'boa vibração', apesar das adversidades. A metáfora do 'trigger' (gatilho) é central na música, representando uma força latente e potencialmente perigosa. O eu lírico se vê como um 'gatilho com um impulso bruto', alguém que pode causar impacto, mas que prefere manter distância para evitar ferir os outros. A imagem do 'pregador silencioso' sugere uma sabedoria ou mensagem que não é expressa abertamente, mas que ainda assim é poderosa.

A música também aborda a ideia de autoaceitação e a rejeição da autopiedade. O eu lírico afirma que não vai se odiar ou guardar rancor, reconhecendo que todas as suas escolhas foram feitas por ele mesmo. A metáfora do 'metal frio' pode simbolizar uma armadura emocional, uma forma de proteção contra a dor e a rejeição. A letra sugere que, assim como algumas feras não vivem em bandos, o eu lírico não precisa da simpatia ou aceitação dos outros para existir. A música termina com um aviso para que não façam 'um grande caso' dele, reforçando a ideia de que ele prefere ser deixado em paz, aceitando sua própria sujeira e imperfeições.