Corolla

A Realidade Crua das Ruas em 'Corolla' de Dalsin

A música 'Corolla' de Dalsin é um retrato cru e realista da vida nas periferias urbanas, onde a violência, a criminalidade e a luta pela sobrevivência são constantes. A letra aborda a fuga e a necessidade de estar sempre em movimento para evitar a repressão policial e os perigos do cotidiano. A referência ao 'Corolla' e outros carros como o 'Peugeot' e o 'Ford Focus' simboliza a mobilidade e a fuga, elementos essenciais para quem vive à margem da sociedade.

Dalsin também destaca a discriminação racial e social, mencionando que a 'cor escura ofende esses cara'. Isso reflete a realidade de muitos jovens negros e periféricos que enfrentam preconceito e violência diariamente. A letra menciona a agressão policial ('Taticão lá agride os cara') e a criminalização de jovens como o 'Rafa', que foi forjado em um crime. Esses elementos ilustram a opressão sistêmica e a falta de oportunidades que levam muitos a entrarem no mundo do crime como uma forma de sobrevivência.

A música também aborda a desconfiança e a necessidade de manter segredo sobre as atividades ilícitas, como quando Dalsin menciona que sua 'mina nem sabe onde é que eu tava'. A letra reflete a dureza da vida nas ruas, onde a lealdade e a desconfiança andam lado a lado. A repetição do refrão reforça a ideia de que a fuga e a luta pela sobrevivência são constantes e intermináveis, uma realidade que muitos jovens enfrentam diariamente nas periferias brasileiras.