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Transações (part. Tagarela)

Dalsin

Letra

    Do ponto final pra cá tá mais sinistro caminhar,
    Irmão, não vai querer brilhar, deixa o poste iluminar.
    Ligeiro onde vai pisar que é pra não se arrastar,
    E como disse xará, o mau é subliminar.

    A cada caso é um caso , seu caso é coisa rara,
    E raridade aqui, tio, só vê piedade nos cara.
    Olhos ficam vermelhos, as pupilas são dilatadas,
    Os cara cobra e cobra o troca da forma mais cara.

    Esquina é comércio, em vida lida é tentar prever,
    O rojão de 12, tiro avisa quando correr,
    Aqui sou cabreiro, quem não for cabelo vai voar,
    Os cobra cega nega e cala que vai melhorar.

    Vivão vivendo fiz meu tempo e deixei tempo passar,
    Transações levou um tempo mas voltou pro seu lugar.
    Com luz e foco me desdobro mirando o que vou almejar,
    Mas quem chega na escuridão e diz quem já pode brilhar.

    O asfalto molha lá fora, deixa avida rolar,
    Se rola tá em movimento, o foda é quando parar.
    Fala pouco na roda e os foda só sabe escutar,
    E quando fala é tapa na cara de quem não tem pra trocar.

    Nascido no vale, criado no litoral,
    Ser zica e embaçado fez o neguin ser mil grau,
    Morar no perequê é ter a tal resistência,
    Que "procês" é qualidade, pra 'nóis' é sobrevivência.

    Uns tão querendo ser, outros nunca vão ser,
    Uns já nascem pra ser, vários vão perecer.
    A falta de opção, desilusão e sofrimento, não é o convite,
    "ser ou não ser" é a questão do momento.

    É o que a tv abomina, mas a mesma patrocina,
    Líderes da paz que são responsa na chacina.
    Os boy é adrenalina, se mata na cocaína,
    Financia o que a mamãe madama mais discrimina.

    Se mata na vaidade, (?)
    Na minha realidade a dura mata os irmão.
    Ela manda os héroi prender, solta os cão,
    Que sempre deixa 'nóis' solto pra ter onde buscar ação.

    Não vou me render, eu sei qual é a das transações,
    Pra quem quer entender, é flow com alucinações (?)
    Eu não uso, cê acusa, não é causa social,
    É exemplo, minha mãe não usa, é isso, ponto final.

    E eu venho, irmão, de onde a chapa é bem mais quente,
    Não adianta cê pesar que nem fumaça entra na mente.
    Aqui é disposição, sigo sóbrio contra o sistema,
    Que é digno de ódio, arruma outro "procê" ter pena.

    Com meia frase traço exemplares de vida,
    Versar verso regresso submerso onde eu posso afundar.
    Fodido, vida entre sonho, como passo a pensar,
    Só com uma nota, aí fica foda, né, da nossa banda tocar.

    (?)
    A frase estica e fica o poder dessa poesia,
    Só brasília via, presencia, sabia,
    Que é ilusório quem dizia o mau dessa melodia.

    Vi a lua beijar o céu, a noite virou o dia,
    Troquei pm por am, pm sem simpatia.
    Sabia, não chegaria se não fosse com trampo,
    Rico é quem nasce rico, o pobre, tio, morre tentando.


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