Frenesi (part. Kawe)

Intensidade e autenticidade em "Frenesi" de DAY LIMNS

"Frenesi", de DAY LIMNS, explora a intensidade como forma de viver, rejeitando padrões e expectativas externas. O verso “Você se molda pra caber / E eu destruo a caixa” destaca o contraste entre quem se adapta para agradar e quem prefere romper limites, mesmo que isso envolva agir “na raça, na raiva e no ódio”. O contexto do projeto "SAUR" — "ruas" ao contrário — reforça essa busca por autenticidade, mostrando que a artista se inspira nas experiências cruas das ruas para construir sua identidade.

A letra traz imagens de luta interna e superação, como em “Meu tio, avô e primo me ensinaram a morrer nadando / E no fundo do mar eu vi naufrágios / Mas também me vi brilhando”. DAY LIMNS conecta vivências familiares à ideia de resistir aos próprios limites, aprendendo com as quedas e celebrando os momentos de brilho, mesmo em meio ao caos. O refrão “Eu vivo de frenesi / Você não entende” resume a sensação de viver no limite, sentindo tudo de forma intensa, algo que nem todos conseguem compreender. Imagens como “respirando por aparelho” e “meu coração, gelo igual neve” expressam a exaustão emocional e a frieza adquirida nas batalhas, enquanto a recusa em se importar com julgamentos — “Foda-se se eu tô descalço no meio da estrada” — reforça a autenticidade e liberdade de ser quem se é. O clipe, gravado de forma espontânea nas ruas de São Paulo, potencializa a mensagem de que a arte nasce do real e do improviso. "Frenesi" é um manifesto sobre viver intensamente, aceitar as próprias contradições e não abrir mão da essência, mesmo que isso signifique ser incompreendido.