
Brilho de Cristal
Délcio Luiz
“Brilho de Cristal”: amor como cura e febre no pagode
Em “Brilho de Cristal”, a imagem do cristal condensa o paradoxo do amor: belo, raro e luminoso, mas frágil e capaz de ferir. A letra costura essa ambivalência com trechos como “pode ser minha cura” e “essa febre de amar”, além de “faz um bem, faz um mal”. Composta por Délcio Luiz e Netinho e eternizada pelo Pixote em 1995, a canção virou referência do pagode romântico ao transformar esse encanto contraditório em uma figura simples e marcante. O fato de Délcio Luiz revisitá-la em 2025, no álbum “Délcio Luiz - Lá Em Casa”, reforça como essa experiência afetiva — entre alívio e risco — continua atual.
Na narrativa, o eu lírico se declara capturado pelo olhar da pessoa amada: “é o brilho do seu olhar / que me leva à loucura”. O desejo vem com a busca de proximidade e entendimento — “quem me dera ao menos uma vez / poder te abraçar e te beijar”, “de pertinho desvendar / o brilho desse olhar” —, mas nasce também da solidão: “ando tão sozinho” e “precisando de carinho”. Daí a entrega total: “faz o que quer de mim” e “sem você não sou ninguém”. Ao suplicar “abra o seu coração, vem pra mim” e “vem pra ser minha paz”, ele tenta transformar a febre em consolo. Ainda assim, a metáfora do cristal indica que esse amor continuará misturando fascínio e vulnerabilidade, prazer e ferida — brilho que atrai, mas pode quebrar.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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