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O Pajador Perseguido XV

Demétrio Xavier

É então que, feito um poncho
Ao homem o envolve a terra
Desde o campo até a serra
A sombra vai se estendendo
E a alma vai compreendendo
As coisas que o mundo encerra

Esse é o momento de o homem
Pensar na sua própria sina
Se é uma alma peregrina
Busca querência ou carinho
Ou morrer pelos destinos
É tudo a que se destina

No norte eu vi cada coisa
Do índio não esquecer
Peleias de estremecer
De facão de cortar cana
Ou com a adaga paisana
Que era um pavor de se ver

Rara vez mata o campeiro
Porque este instinto não tem
Ao duelo crioulo se vem
Por não recuar um só tranco
Faz saber que não é manco
E em pelear se entretém

Não há serrano sanguinário
Nem koya conversador
O mais capaz domador
Jamais conta suas façanhas
E não são muito da canha
Acham o vinho superior

Cada pago se afeiçoa
A uma forma de pelear
Quem quer que queira guapear
É melhor se prevenir
Pra bem de aprender sair
Há que aprender a entrar

Se agarram a manotaços
Igualzito em qualquer parte
Mas é uma ciência a parte
Usar os modos do pago
E aí fica forte o trago
Como disse Don Narvarte

Riojano é no rebencaço
Chileno pecha o cavalo
Saltenho na adaga é um pealo
Cordobez vai de pedrada
Tucumano em cabeçada
Ninguém há de superá-lo

Sempre o crioulo há de pelear
De noite e meio mamado
É uma pena, cunhado
Que seja, às vezes, por nada
Noites de Lua borrada
E lindos céus apagados

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