Nas Voltas Do Mundo

Reflexão sobre escolhas e memórias em “Nas Voltas Do Mundo”

“Nas Voltas Do Mundo”, de Demétrius, aborda de forma direta como as experiências e escolhas ao longo da vida deixam marcas profundas. O verso “Foi, mas a sorte que eu tinha joguei pelo ar” mostra o reconhecimento de oportunidades perdidas, enquanto “tanta coisa deixei nos caminhos” reforça a ideia de que, ao tomar decisões, muitas coisas importantes acabam ficando para trás.

Lançada em 1972, a música reflete o contexto de um Brasil em transformação e a trajetória de Demétrius como um dos pioneiros do rock nacional. O trecho “Nas voltas que eu dei no mundo / Nas voltas que o mundo deu / Passaram tantas coisas / Só quem sobrou fui eu” expressa a sensação de solidão e sobrevivência após tantas mudanças e despedidas. Já “meus amores deixei pela vida / tanta gente acenando por onde passei” evidencia que, apesar das conexões feitas, o tempo e as circunstâncias afastaram pessoas e sentimentos, restando apenas as lembranças e aprendizados. Assim, a canção funciona como um balanço existencial, mostrando que a confiança na vida traz tanto alegrias quanto decepções, e o que permanece são as memórias e a experiência adquirida nas voltas do mundo.