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A Chaga de Uma Cela

Depoimento Ocular

Letra

    Se eu tivesse o dom, se pá voltar no tempo
    Buscar meu recomeço, deixar de ser detento
    A chaga de uma cela, á espera de um milagre
    Os pensamento em quem ama, com a dor da saudade

    Só mesmo aqui no 2x2 com 26 pra pensar
    Revezando as cabeças com a cela do Dacar
    Pra ter o do bom, louco quis embocar, buscar com 9
    Não compensa dar o Duplex com as passagem no malote
    Cansado da real, limitado, incorreto
    Pra condenar o sistema quer, pra entender só na pele
    Louco, cabisbaixo, desalmado, fudido
    Com ódio na veia putrificando a hemoglobina
    Com a chaga na face do estágio do Armageddom
    Um tiro no peito fechado rasgando o cisto do amor
    Nesse momento esqueci Deus, sem anjo pra ajudar
    Somente uns papel, uns coiote, uma fita pra me arrastar
    Numa dessa aí que eu fui, de Pistol Uzi rasgador
    Encapuçado na sede, num Opala 82
    Al Capone? Que nada! Reflexo do mal conceito
    De quem investe na Rota e me exila num cortiço
    Cansado de sonhar
    Ver minha mãe pagar carnê da Tele Sena
    Quis buscar com uma na agulha e um pente cheio
    Se pá catar a boa, no gnomo do milhão
    Se engatilhar, se reagir, plá-plá sem compaixão
    Porque quem tem pouco faz, pra ter paz a gente condena
    Matar sua fome no lixo e tomar choque dos PM
    Até você vomitar aquilo que não comeu
    Porque a esmola mensal tampouco deu pro aluguel

    Se eu tivesse o dom, se pá voltar no tempo
    Buscar meu recomeço, deixar de ser detento
    A chaga de uma cela, á espera de um milagre
    Os pensamento em quem ama, com a dor da saudade

    Cada minuto fica mais lento, toda noite um sadismo
    Cada segundo um Jack é rasgado um duck se suicida
    Motim e piedade, não consta no pensamento
    Só um jumbo, cigarro e a mãe acalma os detentos
    Quem me viu? Aqui me vê, pouco consegue refletir
    Pivete mago da bola, alucinado em soltar pipa
    Nos videogame, um hacker, Kung Fu Master nos boteco
    Nos campo de barro, descalço, gol de placa arranca aplausos
    Inocência que se foi nas doses de St. Remy
    Ou nos murros da Rota, sem constar meu defensor
    Ou nas vagabunda que me amava com os véu limitado
    Talvez nas. Gk ou nos Ducati importado
    Dos 12 aos 18 na merda atolado
    Até os truta de infância, já arrebentei na bala
    Amizade, negócio, tem fé quem não se envolve
    Quando o assunto é dinheiro até o capeta se fode
    Pião de Focus com os lobo pique mano falante
    Escovinha, vaidoso, no bolso uma pá de amante
    Não espelho antigo reflete no bastardo dá destaque
    Uma preta, um bom vinho, uma Rugger me satisfaz
    Arrancando um sorriso do meu filho no Parque Playazul
    Não descalso com os verme nos cortiços da sul
    Quer jogar bola, soltar pipa, vai filho sorria
    Enquanto papai viver, cuzão nenhum te humilha

    Se eu tivesse o dom, se pá voltar no tempo
    Buscar meu recomeço, deixar de ser detento
    A chaga de uma cela, á espera de um milagre
    Os pensamento em quem ama, com a dor da saudade

    Nós quer você que se aponta, se auto dando poder
    Pra julgar e condenar, um homem sem entender
    O que pois meu dedo no gatilho e as razões que a mente falha
    Lançou a porra do Shox ou suas putas viciadas
    Sei dos seus pensamentos, seus codigos de ética
    Seus conceitos, perfeitos formados na cor da pele
    Porque o diploma de juiz aqui é leigo pra entender
    A mapeação genética, o sonho de cada ser
    No consumo do amor, do afeto ou da vaidade
    Poder comer do bom, ser humilde mais respeitado
    Mas que merda que você faz? Na calúnia se acovarda
    E busca numa cela a solução pra sua falha
    Porque justiça e liberdade, boy cuzão quer pra si
    Assinando a Aliança Nazista pra Rota buscar meu fim
    Negro cão masoquista, detento é herdado com choque
    Quem ama ir pra debate pro status do Conte Lopes
    Expor aquilo que pensa, um monte de bosta que habita
    No esqueleto encefálico, abundante em demagogia
    Me condenando a sentir dor, em busca da cobiça
    Deportado a soco pra triunfo dos polícia
    Pra dor da minha mãe, quando na tela me viu
    Algemado na cena, com uns Notebooks e uns Fuzil
    Pra excitação dos boys gozando meia de seda
    É ver o homem cabisbaixo com a chaga de uma cela

    Se eu tivesse o dom, se pá voltar no tempo
    Buscar meu recomeço, deixar de ser detento
    A chaga de uma cela, á espera de um milagre
    Os pensamento em quem ama, com a dor da saudade


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