Vivências do Trap (part. Jé Santiago e Yunk Vino)

Vivências e conquistas no universo de “Vivências do Trap”

Em “Vivências do Trap (part. Jé Santiago e Yunk Vino)”, DEREK, Jé Santiago e Yunk Vino adotam um tom desafiador e autoconfiante logo no início, com a repetição de “Tenta, tenta, pra tu ver”. Essa frase deixa claro que os artistas não apenas conquistaram seu espaço no trap nacional, mas também não temem a concorrência ou as críticas. As menções a marcas de luxo como Gucci, Fendi, Louis Vuitton, Cartier e Amiri, além de festas, dinheiro e mulheres, reforçam o padrão de ostentação típico do trap. No entanto, aqui esses elementos também simbolizam superação e ascensão social, especialmente considerando o contexto brasileiro e a trajetória dos artistas envolvidos.

O álbum “Trap The Fato Deluxe” e o videoclipe gravado em São Paulo ajudam a contextualizar a letra, que mistura experiências reais dos artistas com a estética do trap nacional. A valorização do lifestyle conquistado e da lealdade entre parceiros aparece em versos como “fumando uma planta com o Celo” e “fudendo a GP de luxo”, que retratam o cotidiano das ruas e festas. Já trechos como “Sei que tem uns mano devendo na boca / Toma cuidado, meus manos são pokas” mostram a realidade de quem veio de baixo e ainda enfrenta perigos e rivalidades. O uso de gírias, referências a drogas, festas e dinheiro não é apenas ostentação, mas também um reflexo das vivências e desafios desse universo. O jogo de duplo sentido em versos como “Pilotando a nave igual um alien / Nela, eu vou pra Marte ou Zion” mistura carros de luxo, efeitos das drogas e a sensação de ascensão social, reforçando que, para os artistas, o trap é uma afirmação de identidade e conquista.