
Maçã
Derxan
Contradições e vivências urbanas em "Maçã" de Derxan
Em "Maçã", Derxan utiliza a imagem do fruto proibido para abordar a perda da inocência e o amadurecimento precoce, especialmente no contexto da periferia. A referência bíblica é ressignificada de forma direta e sexualizada, como no verso “Morda a maçã e perco minha pureza”, mostrando como experiências intensas e desejos se misturam à realidade dura das ruas. O artista explora temas como tentação, desejo e sobrevivência, usando uma linguagem explícita e sem filtros, característica do funk paulistano e do trap carioca. Versos como “Morda a piranha que joga buceta / Quer ter meu dote, pega meu pau duro” reforçam essa abordagem crua e autêntica, conectando a sexualidade à vivência periférica.
O contexto social é central na música, com Derxan narrando as dificuldades de quem cresce nas margens. Em “Vida difícil tipo a liga inglesa / Meus sentimentos viram homem russo (muito frio)”, ele compara a competitividade do futebol inglês e a frieza dos russos à sua própria trajetória. A crítica à violência policial aparece em “Não vou ligar pro 190, eles tão matando” e “Estado é o cupido do óbito, polícia acerta”, denunciando o papel do Estado na morte de jovens negros. Derxan também ironiza expectativas sobre o rapper consciente, como em “Eu nunca li porra nenhuma, estou te enganando”, mostrando autenticidade e deboche. Assim, "Maçã" se destaca como um retrato honesto das contradições, dores e resistências de quem vive à margem, misturando sexualidade, crítica social e ironia em versos diretos e urbanos.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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