
Casa Cheia
Detentos do Rap
Crítica social e denúncia em “Casa Cheia” do Detentos do Rap
A música “Casa Cheia”, do Detentos do Rap, faz uma crítica contundente à realidade do sistema prisional brasileiro, especialmente ao retratar o cotidiano do Carandiru, presídio onde os próprios integrantes do grupo estiveram presos. O verso “quando eu sair daqui, virarei até político. Se aos olhos da justiça político não é ladrão, livre então não voltarei para prisão” ironiza a impunidade dos políticos corruptos, sugerindo que, enquanto presos comuns são criminalizados e marginalizados, políticos raramente enfrentam punição. Essa comparação direta reforça o tom de denúncia social da música, mostrando como o sistema de justiça é seletivo e desigual.
A letra descreve de forma direta a superlotação, a violência e a degradação dentro do presídio. Trechos como “os irmãozinhos se matando pela heroína” e “já me ensinaram até a refinar cocaína” revelam que o ambiente carcerário, longe de promover reabilitação, acaba funcionando como uma escola do crime. A música também destaca a brutalidade das “blitz do choque”, com policiais armados e cães, expondo a rotina de abusos e humilhações sofridas pelos detentos. O refrão reforça a sensação de sufocamento e a presença constante de violência e drogas. Ao criticar o “governo corrupto e o sistema falido”, a música responsabiliza o Estado pela perpetuação desse ciclo de exclusão, mostrando que a raiz do problema é estrutural e não apenas individual.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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