Chidananda

A Essência Divina em 'Chidananda' de Deva Premal

A música 'Chidananda' de Deva Premal é uma profunda meditação sobre a natureza divina e a transcendência do eu. A repetição do mantra 'Chidananda roopah shivoham shivoham' traduz-se como 'Eu sou a forma da consciência e bem-aventurança, eu sou Shiva, eu sou Shiva'. Este mantra é uma afirmação da identidade com o divino, especificamente com Shiva, uma das principais deidades do hinduísmo, simbolizando a destruição do ego e a transformação espiritual.

A letra da música nega várias identidades e associações terrenas, como em 'Manobuddhi ahamkara chita ni naham' que significa 'Eu não sou a mente, a inteligência, o ego ou a consciência'. Esta negação continua ao longo da música, rejeitando a identificação com os sentidos, elementos físicos e emoções, como em 'Na me dvãsha rago na me lobha mo-hoe' que significa 'Eu não tenho aversão, apego, ganância ou ilusão'. Esta abordagem é uma prática comum em várias tradições espirituais, onde a negação do ego e das associações terrenas é vista como um caminho para a realização espiritual.

A música também aborda a ideia de que a verdadeira natureza do ser é além das dualidades e limitações humanas. Em 'Aham nirvekalpo nirakaara roopo' que significa 'Eu sou sem variações, sem forma', a letra enfatiza a natureza ilimitada e imutável do eu verdadeiro. Esta visão é central em muitas filosofias orientais, onde a realização da unidade com o divino é o objetivo final da prática espiritual. 'Chidananda' é, portanto, uma celebração da essência divina que reside em todos nós, convidando o ouvinte a transcender as limitações do ego e a reconhecer sua verdadeira natureza como parte do divino.