
Bocada
Dicró
A Astúcia do Malandro: Uma Análise de 'Bocada' de Dicró
A música 'Bocada', de Dicró, é uma obra que utiliza o humor e a astúcia para abordar a relação entre a malandragem e a polícia. Dicró, conhecido por suas letras irreverentes e cheias de duplo sentido, cria uma narrativa onde um malandro é interrogado pela polícia sobre a localização de uma 'boca', termo que pode se referir tanto a um ponto de venda de drogas quanto à parte do corpo humano. A resposta do malandro, que diz que a boca fica 'embaixo do nariz', é uma forma de subverter a autoridade policial com uma resposta literal e espirituosa.
A letra continua com o malandro sendo levado para a delegacia, onde ele mantém sua postura irreverente ao afirmar que 'na boca só pode ter dente'. Essa insistência em respostas literais e óbvias é uma forma de resistência e de zombaria frente à opressão policial. A música, portanto, não só diverte, mas também critica a abordagem policial e a situação de marginalização dos malandros, que usam a esperteza como forma de sobrevivência.
Dicró também faz uma crítica social ao mencionar que a 'bocada' está atraindo até turistas, sugerindo que a criminalidade e a marginalização são tão evidentes que se tornaram parte do cotidiano, até mesmo para aqueles que não fazem parte desse universo. A repetição da frase 'quem manja de boca é dentista' reforça o tom humorístico e sarcástico da música, ao mesmo tempo que sublinha a desconexão entre a realidade dos malandros e a percepção das autoridades. No final, a expressão 'o pau comeu' indica a violência que se segue à insatisfação dos policiais com as respostas do malandro, fechando a música com uma nota de realismo brutal.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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