
Penelope
Diego Torres
A espera e a idealização do amor em "Penelope" de Diego Torres
Em "Penelope", Diego Torres revisita a figura clássica da mitologia grega, trazendo para a música a história da mulher que espera incansavelmente pelo retorno do amado. Inspirada na Penélope de Homero, que tecia e destece para adiar pretendentes enquanto aguardava Ulisses, a canção mostra uma personagem presa à esperança e à imagem idealizada do amor perdido. O verso “no era así su cara ni su piel no eres quien yo espero” (não era assim seu rosto nem sua pele, você não é quem eu espero) revela como o tempo transformou a lembrança do amado em algo inalcançável, tornando impossível para ela aceitar a realidade do reencontro.
A ambientação da música, marcada pela estação de trem e pelo relógio parado, simboliza a espera interminável e a vida suspensa de Penélope. Detalhes como o “bolso de piel marrón” (bolsa de couro marrom) e os “zapatos de tacón” (sapatos de salto) mostram que ela se mantém pronta para o reencontro, mas a passagem dos trens e das pessoas só reforça sua solidão. A versão de Diego Torres, elogiada por Joan Manuel Serrat, destaca a universalidade desse sentimento: a fidelidade que se mistura à dor de quem se apega ao passado e à esperança, mesmo quando a vida já seguiu adiante. Penélope se torna, assim, um símbolo de todos que têm dificuldade de aceitar as mudanças do tempo por medo ou apego.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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