Remédio

Orgulho e ironia no reencontro em "Remédio"

"Remédio", de Diego e Victor Hugo, aborda o fim de um relacionamento sob uma perspectiva irônica e resignada. O narrador se enxerga como o verdadeiro "remédio" para a ex-parceira, sugerindo que, apesar de ela estar com outra pessoa, ele ainda é quem realmente a faz se sentir bem. Isso aparece claramente no verso: “Mal sabe você, que o remédio sou eu”, onde o termo "remédio" é usado como metáfora para a solução dos problemas emocionais dela, mas também carrega um tom de ironia, como se o novo relacionamento fosse apenas um alívio passageiro.

A letra destaca o olhar de quem já viveu aquela situação e agora observa de fora, quase como um conselheiro experiente. O trecho “Sei que são palavras permanentes pra pessoas temporárias” mostra a descrença do narrador na durabilidade do novo relacionamento, sugerindo que as promessas feitas agora não têm valor real. A música também brinca com a previsibilidade dos comportamentos da ex, como “reclamar do som” ou “retocar o batom”, reforçando a sensação de déjà-vu e a ironia de quem já conhece o roteiro. Com um tom descontraído e sarcástico, "Remédio" transforma orgulho, ciúme e a dificuldade de seguir em frente em uma reflexão leve e bem-humorada.