ROJO PROFUNDO

Juventude urbana e crítica social em “ROJO PROFUNDO”

Em “ROJO PROFUNDO”, DILLOM constrói um retrato provocativo da juventude urbana, usando imagens como “mucho cemento, chicas desnuda'” para destacar o ambiente frio e artificial das cidades. A música faz uma crítica direta ao vazio e à superficialidade da vida moderna, especialmente entre os jovens, ao mesmo tempo em que convida o ouvinte a abandonar o conforto e se jogar na rua. A frase “tengo una mala idea” funciona como um chamado para a rebeldia e a autodescoberta, onde o risco e o prazer se misturam.

O videoclipe reforça essa atmosfera caótica ao fazer referência ao filme “Climax”, de Gaspar Noé, conhecido por retratar festas descontroladas e emoções à flor da pele. O título “ROJO PROFUNDO” também remete ao filme de terror “Profondo Rosso”, sugerindo que, por trás da celebração, existem paixões perigosas e sofrimento emocional intenso. A letra ironiza o consumismo e a busca por prazeres passageiros, como em “Corran todos, vamos al nuevo shopping / Agarren solo lo que no necesiten” (Corram todos, vamos ao novo shopping / Peguem apenas o que não precisam), apontando para a futilidade dos desejos modernos. Versos como “Sentí el vacío, cómo te duele / Sentí tu pecho cómo revienta” (Sinta o vazio, como dói / Sinta seu peito como explode) evidenciam o contraste entre a excitação da juventude e o vazio existencial que pode surgir após o excesso. O questionamento repetido “¿Dónde están tus amigos?” (Onde estão seus amigos?) no final da música ressalta a solidão e a desconexão, mesmo em meio à festa, reforçando a crítica à superficialidade das relações atuais.