Don't Talk To Strangers

Conselhos e tentações em "Don't Talk To Strangers"

Em "Don't Talk To Strangers", Dio vai além do conselho literal de evitar desconhecidos. A música usa o "estranho" como uma metáfora para impulsos destrutivos e tentações internas. Ronnie James Dio já afirmou em entrevistas que suas letras abordam a presença do mal no mundo, não para glorificá-lo, mas para alertar sobre sua influência. Isso aparece em versos como “Don't write in starlight / 'Cause the words may come out real” (Não escreva à luz das estrelas / Porque as palavras podem se tornar reais) e “Don't hide in doorways / You may find the key that opens up your soul” (Não se esconda em portas / Você pode encontrar a chave que abre sua alma), sugerindo que ceder a certas curiosidades ou desejos pode trazer consequências negativas, tanto externas quanto internas.

A letra também destaca a dualidade da natureza humana, mostrando que o "estranho" pode ser uma ameaça externa ou uma parte sombria de si mesmo. O trecho “Hey you, you know me, you've touched me, I'm real / I'm forever the one that lets you look and see and / Feel me / I'm danger - I'm the stranger” (Ei você, você me conhece, você me tocou, eu sou real / Eu sou para sempre aquele que deixa você olhar e ver e / Me sentir / Eu sou o perigo – eu sou o estranho) deixa claro que o perigo pode vir de dentro, dos próprios pensamentos e emoções. Metáforas como “Don't smell the flowers / They're an evil drug to make you lose your mind” (Não cheire as flores / Elas são uma droga maligna para fazer você perder a cabeça) reforçam o alerta sobre armadilhas disfarçadas de beleza ou prazer. Assim, a música serve como um aviso para manter a vigilância não só contra influências externas, mas também contra tentações e fraquezas internas que podem levar à autossabotagem.