Set Tatuapé Conceito 2 (part. MC Ryan SP, MC Kako, MC Joãozinho VT, MC Marks, MC GP e MC Erik)

Conquistas e identidade em "Set Tatuapé Conceito 2"

"Set Tatuapé Conceito 2 (part. MC Ryan SP, MC Kako, MC Joãozinho VT, MC Marks, MC GP e MC Erik)", de DJ GM, vai além da ostentação comum no funk. A música usa o luxo e as marcas de grife como símbolos de conquista social, especialmente para jovens negros e periféricos. Isso fica claro no verso “os preto tem um império que o diploma não comprou”, que destaca o sucesso alcançado por caminhos fora do tradicional, valorizando trajetórias que não dependem da educação formal. A canção celebra a ascensão social dos artistas, mostrando orgulho por terem superado a falta de oportunidades, como MC Marks reforça: “Mostrei que a favela pode estar no topo / Nós não tinha nada, nós veio do pouco”.

O clima descontraído e confiante das letras reflete tanto a comemoração das conquistas quanto a consciência de que a vida é passageira, como em “nós gasta e vive a farra porque a vida é um sopro”. Esse trecho mostra que aproveitar o presente é uma resposta à dureza do passado e à incerteza do futuro. O título faz referência à loja Tatuapé Conceito, importante no cenário do funk paulista, simbolizando a ligação entre cultura local, consumo de luxo e identidade dos artistas. Além da celebração, a música também aborda temas como inveja, perdas e saudade, lembrando que, mesmo em meio à festa, há espaço para refletir sobre as dificuldades e marcas do passado.