Samurai (part. Stevie Wonder)

O amor como entrega e transformação em “Samurai”

Em “Samurai (part. Stevie Wonder)”, Djavan usa a figura do samurai para representar a intensidade e a entrega envolvidas no amor. A metáfora do samurai sugere que amar é como entrar em um combate: exige coragem, envolve riscos e, muitas vezes, leva à rendição. O verso “o serviçal de um samurai” mostra como o eu lírico se entrega de forma voluntária e quase inevitável ao poder do sentimento, aceitando a vulnerabilidade que o amor traz.

A participação de Stevie Wonder, com sua gaita marcante, cria um diálogo musical com Djavan, reforçando a ideia de um duelo entre resistência e entrega. A letra alterna momentos de desejo intenso — “Ai, quanto querer / Cabe em meu coração” — com o sofrimento causado pela paixão — “Faz que me mata e se não mata, fere”. O trecho “Crescei, luar / Pra iluminar as trevas fundas da paixão” expressa a busca por clareza em meio à confusão emocional. Apesar dos conflitos internos, o refrão traz leveza: “Mas eu tô tão feliz! / Dizem que o amor atrai”. Assim, “Samurai” mostra que, mesmo diante dos desafios e da intensidade do amor, há espaço para felicidade e celebração.