
Sêca
Djavan
Contraste e denúncia social em "Sêca" de Djavan
Em "Sêca", Djavan expõe de forma clara a dura realidade do sertão nordestino, contrapondo a beleza do céu azul à tragédia da seca. No trecho “Apesar de se ter céu azul / O mesmo lá do sul, mesmo Deus”, ele ressalta a ironia de um céu bonito que cobre tanto regiões prósperas quanto o sertão castigado, evidenciando a desigualdade social e regional do Brasil. A música vai além da descrição da natureza, apontando para o abandono político, como fica explícito em “Do desdém do poder fingido”, onde Djavan critica a indiferença das autoridades diante do sofrimento do povo sertanejo.
A letra traz imagens marcantes, como “A terra se quebrando toda” e “A fome que humilha a todos”, para mostrar o impacto devastador da seca na vida das pessoas. O questionamento “Por que será que Deus pôs ali / O ser pra ser assim sofredor?” expressa a perplexidade e o sentimento de injustiça diante do sofrimento contínuo, aproximando a canção da tradição literária de “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. Djavan, inclusive, faz referência direta a essa obra em sua participação na nova edição do romance. Assim, "Sêca" se destaca como um retrato sensível e crítico da realidade nordestina, denunciando a falta de apoio e a perpetuação do sofrimento no sertão.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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