Seduzir

O poder transformador do amor e da arte em “Seduzir”

“Seduzir”, de Djavan, explora como a arte e o amor têm o poder de transformar até o que parece mais rígido ou inacessível. Quando Djavan canta “seduzir as pedras, catedrais, coração”, ele sugere que a música pode tocar até o que é considerado inerte ou impenetrável. Essa ideia reforça o papel da expressão artística em sensibilizar e modificar o ambiente e as pessoas ao redor, mostrando que sentimentos verdadeiros podem atravessar barreiras aparentemente intransponíveis.

A música também aborda a entrega emocional e a perda de controle que o amor provoca. Em “Amar é perder o tom / Nas comas da ilusão / Revelar todo sentido”, Djavan usa termos musicais para ilustrar como o amor tira a pessoa do compasso e a faz mergulhar em devaneios. O refrão “Vou andar, vou voar pra ver o mundo / Nem que eu bebesse o mar / Encheria o que eu tenho de fundo” expressa a busca constante por sentido e plenitude, reconhecendo que sempre existe uma profundidade interior impossível de ser totalmente preenchida. Combinando letra sofisticada e melodia acessível, “Seduzir” se destaca como uma reflexão sensível sobre os limites e as possibilidades do sentir humano.