MELHOR QUE ONTEM

Relação transformadora e ancestralidade em “MELHOR QUE ONTEM”

Em “MELHOR QUE ONTEM”, Djonga mistura referências religiosas afro-brasileiras, como Ogum e Iemanjá, com cenários marcantes do Brasil, como Bahia e Caraíva, para criar uma atmosfera de brasilidade e ancestralidade. O verso “Seus olhos são de Ogum e Iemanjá” destaca a força e a proteção dessas entidades, sugerindo que a pessoa amada carrega uma energia mística e protetora. Isso reforça a ideia de que o relacionamento retratado na música tem um caráter quase sagrado. A participação de Los Hermanos e Rapaz do Dread amplia essa mistura de estilos, unindo rap, rock alternativo e reggae, o que se reflete na leveza e pluralidade da letra.

Djonga apresenta o amor como um processo de cura e autodescoberta. No trecho “Eu tentei não gostar de você / Mas cê me faz gostar mais de mim”, ele mostra como o relacionamento ajuda a superar traumas e a crescer pessoalmente. O artista também é honesto ao reconhecer seus próprios erros e a frieza causada pelo passado: “O passado me deixou mais frio / Eu também errei, não sou santo”. O refrão “Já me sinto bem melhor que ontem” resume o poder transformador desse amor, que traz cor e sentido ao cotidiano, mesmo diante de dificuldades e incertezas. A música celebra o encontro de almas e a construção de um universo a dois, onde até as imperfeições e o ciúme são tratados com leveza e carinho.