Freak

Empoderamento e sensualidade em “Freak” de Doja Cat

Em “Freak”, Doja Cat cria um contraste marcante ao samplear “Put Your Head on My Shoulder”, de Paul Anka, trazendo a suavidade retrô dos anos 50 para uma faixa com letra abertamente sexual e ousada. Essa escolha subverte expectativas e mostra que a sensualidade feminina pode ser celebrada sem vergonha. Ao longo da música, Doja Cat assume o controle da narrativa sexual, deixando claro seu protagonismo e desejo, como nos versos “You want a good girl that does bad things to you” (“Você quer uma boa garota que faz coisas ruins com você”) e “You never been with no one as nasty as me” (“Você nunca esteve com alguém tão safada quanto eu”). Essas frases desafiam padrões tradicionais e reforçam o empoderamento feminino, mostrando uma mulher que dita as próprias regras do prazer.

A letra traz diversas referências pop, como “Milkshake bring the boys to the yard” (“Milkshake traz os garotos para o quintal”), em alusão ao hit de Kelis, reforçando autoconfiança e poder de atração. Doja Cat usa duplo sentido em expressões como “ride it like a horsey” (“monta como um cavalinho”) e “up and down on the D” (“subindo e descendo no D”), abordando sexo de forma divertida e provocativa. Ela também explora dinâmicas de poder e submissão, como em “I'll be your slave” (“Serei sua escrava”) e “Call you daddy, give me a nickname” (“Te chamo de papai, me dá um apelido”), mostrando que liberdade sexual inclui experimentar diferentes papéis, sempre com consentimento. O sucesso viral no TikTok e o relançamento comercial de “Freak” evidenciam como a música dialoga com uma geração que valoriza autenticidade, liberdade e a quebra de tabus, consolidando Doja Cat como uma artista que desafia convenções e celebra a individualidade.