tristeza Não (part. Anelis Assumpção)

Resistência e autenticidade em "tristeza Não (part. Anelis Assumpção)"

Em "tristeza Não (part. Anelis Assumpção)", Don L transforma a recusa à tristeza em um ato de resistência diante de um cenário marcado pela tecnologia opressora, manipulação digital e relações superficiais. Versos como “Big techs roubando seu tempo” e a referência a “deep fakes” conectam a letra ao contexto atual, onde grandes empresas de tecnologia e a disseminação de informações falsas criam uma espécie de nova "idade média", caracterizada por alienação e controle digital. Ao afirmar “Sai do Wi-Fi pra encarar o pai”, Don L desafia a superficialidade das interações virtuais, propondo um confronto direto com a realidade e consigo mesmo, valorizando a autenticidade como forma de combater a alienação.

O refrão repetido, “tristeza não”, funciona como um mantra de resiliência, enquanto versos como “Me dá meu copo, que a vida é pra já” e “Hoje de manhã eu quase não quis levantar, mas tô aqui, carai” mostram a luta diária para não se render ao desânimo. A participação de Anelis Assumpção, com sua mistura de estilos e herança musical, reforça a ideia de criatividade e originalidade como formas de resistência, evidenciada no trecho “A gente cria, a gente cria, eles copiam”. Já “Malandragem pra não ir de arrasto” resume a necessidade de esperteza para sobreviver e manter a identidade em meio ao caos social. A música transmite uma mensagem clara de enfrentamento, autenticidade e sobrevivência urbana, rejeitando a tristeza paralisante.