What a fool believes

Nostalgia e autoengano em "What a fool believes"

A música "What a fool believes", dos Doobie Brothers, aborda como a nostalgia pode distorcer a percepção da realidade, levando alguém a acreditar em uma reconciliação que nunca existiu. O personagem principal se apega à ideia de que ainda tem espaço na vida de um antigo amor, mesmo quando a mulher não compartilha desse sentimento. Isso fica claro no trecho: “She musters a smile for his nostalgic tale / Never coming near what he wanted to say / Only to realize it never really was” (Ela força um sorriso para sua história nostálgica / Nunca chegando perto do que ele queria dizer / Só para perceber que nunca realmente existiu). A canção foi inspirada justamente por esse autoengano, mostrando como as pessoas criam ilusões sobre relacionamentos passados e resistem a aceitar o fim.

O verso “But what a fool believes he sees / No wise man has the power to reason away” (Mas o que um tolo acredita ver / Nenhum homem sábio tem o poder de desfazer com razão) resume o tema central: as ilusões podem ser mais fortes do que qualquer argumento racional. O personagem prefere se apegar à esperança, mesmo que “what seems to be is always better than nothing” (o que parece ser sempre é melhor do que nada), ilustrando a tendência humana de valorizar qualquer resquício de sentimento em vez de encarar o vazio da perda. O tom nostálgico e melancólico da música reforça essa atmosfera de saudade e expectativa não correspondida, tornando "What a fool believes" um retrato sensível sobre memórias, ilusões e a dificuldade de aceitar o fim de um ciclo afetivo.