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Sermão

Duarte

Você se tornou tão desatento
Sucumbiu à interna pressão
Disparou tristeza aos quatro ventos
Salpicou o teu caminho com
Toda saudade que encontrou

Quando eu lhe peço o teu contexto
Tu verbaliza a sensação
Diz que a mágoa se apossou do peito
E que tu não lembra um dia só
Em que não sentiu alguma dor

Quantas vezes eu te dei a mão
Tentei ser salvação
Pros teus singelos problemas
Mas a cada uma solução
A tua ingratidão me pede por mais quatro

Atingi o fim da paciência
E a minha ausência vai ser tua lição
De hoje em diante o meu nome amarga
Junto de cada chance em vão

Por tanto esforço eu agradeço
Nunca quis ser fardo ou frustração
Eu tentei do fundo do meu peito
Satisfazer teus desejos vis
Enquanto eu nutria os meus também

Quantas vezes eu te disse: Não consigo
Eu não tenho forças pra me segurar
Toda minha história foi longo castigo
Mas agora eu levanto mais forte

Alcancei minha resiliência
Eu ergui minha cabeça e pus meus pés no chão
Perdoei cada parte de mim
Passei a dizer sim
Parei de dizer não

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