Pessoa Errada

Desilusões e autoconhecimento em "Pessoa Errada" de DUDA BEAT

Em "Pessoa Errada", DUDA BEAT utiliza expressões como “ai, amiga, tipo assim, sei lá” para criar um clima de conversa íntima, como se estivesse desabafando com uma amiga sobre mais uma decepção amorosa. Esse tom aproxima a música do cotidiano de quem já passou por relações frustradas, reforçando o ambiente caótico e confuso que marca o EP "Esse Delírio". A letra aborda a dificuldade de entender por que, mesmo consciente, alguém insiste em se apaixonar por quem não deveria: “Me apaixonei mais uma vez pela pessoa errada / Não, eu não tava chapada / Eu só queria um amor”. Aqui, DUDA BEAT deixa claro que não se trata de um erro impulsivo, mas de um desejo sincero de amar que acaba em desilusão.

A canção também destaca como o delírio amoroso pode ser mais forte que a razão, evidenciado no verso “Ai, amiga, eu não sei mais o que eu posso fazer pra esconder esse delírio”. O uso da palavra “delírio” reforça a ideia de fantasia e confusão emocional, alinhando-se à proposta do EP de tratar sentimentos inventados como mais reais do que lembranças. Quando DUDA BEAT canta “Melhor que você, é só te imaginar”, ela sugere que a idealização do outro pode ser mais satisfatória do que a relação real. Assim, "Pessoa Errada" fala sobre repetir erros amorosos, mas sem perder o tom leve e irônico característico da artista, convidando o ouvinte a rir das próprias desilusões enquanto busca se conhecer melhor.