
Quem Sou Eu?
Duduca & Dalvan
Solidão e mídia em “Quem Sou Eu?”, de Duduca & Dalvan
“Quem Sou Eu?”, de Duduca & Dalvan, retrata um amor que existe só na tela. O narrador acompanha uma mulher da TV — possivelmente uma atriz de teatro e televisão, como sugerem os termos “vídeo”, “quadro amoroso” e “novela” — e desenvolve um vínculo parasocial. Ele beija a televisão enquanto a vê beijar outros em cena, gesto que expõe o ciúme de quem confunde imagem e intimidade. A pergunta recorrente “quem será amanhã o felizardo” indica a insegurança de observar parceiros trocados a cada capítulo, enquanto ele permanece do lado de cá, sem ser visto.
A letra constrói o contraste entre idealização e realidade. Ela é “a mulher mais bonita do mundo”; ele se define como “pobre coitado”. A tecnologia aproxima a imagem, mas amplia a distância afetiva: abraçar a tela vira substituto do toque que não existe. Vinda de uma dupla que costuma abordar questões sociais, essa narrativa também comenta o abismo de status entre o anônimo e o universo glamouroso da TV. Em leitura mais ampla, a canção fala do amor ideal fabricado pela mídia — belo, repetido em cenas — e quase inalcançável para quem assiste. O resultado é um retrato direto da solidão contemporânea: desejo mediado por telas, esperança adiada a cada episódio e um ciúme que nasce de um amor que nunca se concretiza fora do reflexo.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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