CRUISING TO SELF SOOTHE

Liberdade e solidão em "CRUISING TO SELF SOOTHE" de Ecca Vandal

"CRUISING TO SELF SOOTHE", de Ecca Vandal, explora o contraste entre a sensação de vitória ao se libertar de relações ou situações limitantes e o sentimento de solidão que pode surgir nesse processo. O verso repetido “But at the top it's fucking cold” (Mas no topo é muito frio) mostra que, apesar do avanço pessoal e da sensação de pertencimento expressa em “I'm moving up where I belong” (Estou subindo para onde pertenço), o sucesso pode trazer isolamento e desafios inesperados. Ecca Vandal, ao comentar sobre a faixa, reforça essa dualidade ao descrever o momento em que se percebe mais forte sem as pessoas que antes a sobrecarregavam, destacando a importância da libertação e do fortalecimento interior, mesmo diante do desconforto de estar só no topo.

A metáfora do skate, presente no videoclipe e inspirada na experiência de Ecca durante a pandemia, simboliza o autocuidado e a busca por equilíbrio em meio ao caos. A ideia de “cruising on my own” (seguindo sozinha) sugere que o movimento constante, mesmo sem um destino definido, é uma forma de autossuperação. Versos como “Throw out the plans / And watch what happens” (Jogue fora os planos / E veja o que acontece) e “I'm still flying if I crash or land” (Ainda estou voando, caia ou pouse) reforçam a resiliência e a improvisação, marcas da trajetória da artista. Ao afirmar “I'm better than ever” (Estou melhor do que nunca) e repetir “I'm moving on without you” (Estou seguindo em frente sem você), Ecca Vandal celebra a autonomia conquistada, reconhecendo que a independência pode ser difícil, mas é também libertadora.