
Colombina
Ed Motta
Carnaval, saudade e reconciliação em "Colombina" de Ed Motta
Em "Colombina", Ed Motta recorre aos personagens clássicos da Commedia dell'arte — Arlequim, Pierrô e Colombina — para criar uma narrativa lúdica sobre saudade e o desejo de reconciliação amorosa. Ao citar versos como “Juro para sempre ser arlequim / E brincar o carnaval / Viver uma fantasia real”, o artista mostra a disposição do eu lírico em se reinventar e alegrar a amada, assumindo o papel do Arlequim, símbolo de leveza e criatividade. Já o Pierrô, mencionado em “Sou um triste pierrot mal-amado, mestre-sala desacompanhado”, representa a solidão e a tristeza de quem foi deixado para trás, reforçando o contraste entre alegria e melancolia presentes na canção.
A figura do “rei momo”, tradicional no carnaval brasileiro, aparece com duplo sentido: além de simbolizar a alegria e o reinado temporário da festa, expressa o desejo do protagonista de ser o centro das atenções e conquistar o coração da Colombina. No entanto, ao afirmar estar “sem dono, sem trono”, ele revela a ausência do amor que lhe daria esse status. O clima carnavalesco serve de pano de fundo para sentimentos universais de perda, esperança e vontade de reatar, tornando a atmosfera leve mesmo ao tratar da dor de um amor não correspondido. A repetição de “abram alas pro amor!” reforça o apelo para que o sentimento volte a ocupar espaço na vida dos personagens, misturando a alegria do carnaval com a vulnerabilidade de quem ama.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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