Toujours aimer

A Eternidade do Amor em 'Toujours aimer' de Édith Piaf

A música 'Toujours aimer' de Édith Piaf é uma reflexão profunda sobre a natureza do amor e a capacidade humana de amar eternamente. A letra começa com uma constatação melancólica: 'On n'a pas dans le coeur de quoi toujours aimer' (Não temos no coração o suficiente para amar sempre). Piaf descreve a dor e as lágrimas que surgem quando se tenta amar demais, revelando a fragilidade e a efemeridade dos sentimentos humanos. A ideia de que acreditamos ter encontrado alguém insubstituível, apenas para perceber mais tarde que essa pessoa não é mais o 'raio de sol' que obedecia, é uma metáfora poderosa para a desilusão amorosa.

No segundo verso, a cantora lamenta o tempo em que acreditava no amor e no entusiasmo do coração. Ela fala sobre os 'pobres souvenirs' (pobres lembranças) que restam e que tentamos desesperadamente reter. Essa parte da letra reflete a nostalgia e o arrependimento que muitas vezes acompanham o fim de um relacionamento, quando as memórias felizes se tornam dolorosas lembranças do que foi perdido.

No entanto, a música toma um rumo diferente no refrão. Piaf afirma que, ao contrário do que foi dito antes, ela tem no coração o suficiente para amar sempre. Ela declara que terá sempre lágrimas para chorar e risos para apagar as tristes lembranças do passado. A determinação de Piaf em continuar amando, mesmo que isso signifique sofrer, é uma expressão de sua resiliência emocional e de sua crença no poder redentor do amor. A frase 'Se eu não devo mais amar, prefiro morrer' encapsula a intensidade de sua devoção ao amor, tornando 'Toujours aimer' uma ode à paixão eterna e à capacidade humana de amar apesar das adversidades.