A Coisa Tá Preta

A Realidade Dura e Irônica de 'A Coisa Tá Preta' de Edson e Hudson

A música 'A Coisa Tá Preta' de Edson e Hudson é uma obra que mistura humor, crítica social e observações sobre a vida cotidiana. A letra é dividida em várias partes, cada uma abordando diferentes aspectos da vida rural e urbana, sempre com um tom irônico e bem-humorado. A primeira parte da música fala sobre problemas comuns que as pessoas enfrentam, como uma mulher namoradeira, um burro teimoso e uma roça cheia de mato. O eu lírico se apresenta como alguém capaz de resolver todos esses problemas, seja tirando a roça do mato, domando o burro ou mandando a mulher embora. Essa parte da música utiliza uma linguagem simples e direta, típica do sertanejo, para falar sobre questões do dia a dia de forma leve e descontraída.

A segunda parte da música, intitulada 'Pagode', muda o foco para a vida social e os relacionamentos. Aqui, o eu lírico fala sobre uma morena bonita e as complicações de namorar alguém quando se é casado. Ele também faz uma crítica aos padrões de beleza modernos, mencionando as 'mocinhas mostrando os cambitos' e dizendo que não facilita para elas. Essa parte da música é uma mistura de humor e crítica social, mostrando como as relações e os padrões de beleza mudaram ao longo do tempo.

A última parte da música traz uma visão mais sombria e crítica da realidade. Fala sobre pessoas que, por diversas razões, tiveram que mudar radicalmente de vida, como um burro que fugiu do laço ou alguém que trocou a caneta pela picareta. A letra termina com a frase 'A coisa tá feia, a coisa tá preta, quem não for filho de Deus tá na unha do capeta', uma expressão que resume a dureza da vida e a necessidade de resiliência. Essa parte da música é uma crítica direta às dificuldades enfrentadas pelas pessoas, especialmente aquelas que não têm privilégios, e a necessidade de se adaptar a situações adversas para sobreviver.