Valsa da Despedida
Edu Berdí
Tanto que pediste que ganhaste, amor da minha vida
A canção de despedida
Pois dizia eu não podia
Dedicar-te uma sequer
Então vai nos restar apenas a nossa poesia
Das palavras que eu temia
Se cantadas, morreriam
E eis que provo, eu não menti
Quando sutilmente à boca vem
Ocorre que a toada rouba do peito
O belo e perfeito
Guardados do tempo que um dia foi teu
Ainda é com um certo grau de não
Que escrevo a valsa com teu nome
Por seres a musa da inspiração
Enquanto aguardo nosso adeus final
Espero tua desistência
Pra nunca eu ter de cantá-la
Mas se for pra existir que seja a número 1
De muitas que quero escrever
Para render justa homenagem
Àquele nosso grande amor
Mas trocaria todas elas
Se me ensinasses a compor
Pro amor vigente, em que se ama
E onde os sonhos não são
Devaneios de uma parte
Quando a outra clama pelo chão
E se entrega o coração
Quando sutilmente à boca vem
Ocorre que a toada rouba do peito
O belo e perfeito
Guardados do tempo que um dia foi teu
Ainda é com um certo grau de não
Que escrevo a valsa no teu nome
E torna-te a musa da inspiração
Enquanto aguardo nosso adeus final
Espero tua desistência
Pra nunca eu ter de cantá-la
Fazendo da ausência
Canção derradeira
Da nossa paixão
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