La Ley y La Trampa

A Ironia do Amor em 'La Ley y La Trampa'

A música 'La Ley y La Trampa', interpretada pelo artista argentino El Chaqueño Palavecino, é uma expressão lírica que explora as dinâmicas do amor e do desejo sob a perspectiva de alguém que se vê surpreendido pelas próprias regras que criou. O narrador da canção começa por se apresentar como alguém que tinha o controle das situações amorosas, estabelecendo as regras e conduzindo os relacionamentos a seu bel-prazer.

No entanto, a música descreve uma reviravolta em que o narrador, que antes deixava amores para trás sem remorso, encontra-se agora enredado pelos encantos de uma pessoa que, com sutileza, o fez 'cair na própria armadilha'. A metáfora da mordida na maçã remete ao pecado original e à tentação, sugerindo que o narrador foi seduzido e, ao tentar evitar as regras que ele mesmo estabeleceu, acabou preso em uma 'trampa' (armadilha) de amor.

A repetição do refrão e o verso 'Puras leyes, puras trampas, inventamos al amor' reforçam a ideia de que as regras do amor são muitas vezes construções que podem ser subvertidas. A música, com seu ritmo e melodia característicos do folclore argentino, transmite a mensagem de que o amor é um jogo complexo, onde as regras são inventadas e, por vezes, o jogador mais astuto pode ser surpreendido pelo próprio jogo.