Toro

A Dança da Transgressão em 'Toro' de El Columpio Asesino

A música 'Toro' da banda espanhola El Columpio Asesino é uma composição que mistura elementos de rock alternativo com letras que evocam imagens de rebeldia e transgressão. A letra sugere uma fuga da realidade convencional, onde os protagonistas da canção se entregam a uma noite de excessos e aventuras. A referência a pintar um bigote e a necessidade de um 'buen azote' (bom castigo) pode ser interpretada como um desejo de quebrar as normas e explorar a liberdade de expressão e identidade.

A música também aborda a temática da vida noturna e suas tentações, como indicado pelas linhas que falam de encontros em banheiros com amigos e estranhos, e a menção a 'amantes en el precipicio' (amantes no precipício), sugerindo uma relação intensa e perigosa, talvez até autodestrutiva. A repetição de 'No me vengas con que es vicio' (Não me venha dizer que é vício) pode ser uma rejeição às críticas sociais sobre seus estilos de vida escolhidos.

Por fim, a música faz referências a escapismos, como a viagem a Berlim e o uso de 'speed' (anfetamina), que podem ser vistos como metáforas para a busca de experiências intensas e a rejeição de uma vida monótona. A menção a 'Mataderos de uralita' (matadouros de fibrocimento) que cercam a cidade e a aversão ao cheiro dos fornos pode ser uma crítica à industrialização e à perda de autenticidade na sociedade moderna. 'Toro' é uma celebração da vida na beira do abismo, onde a dança e a música são formas de resistência e expressão.