Dona Benta
Elder Costa
Dona Benta, puxa a cadeira e senta
Quando a tarde se esquece esquenta
Porque o vento não venta
Porque o vento não venta
E a vida é doce
Como os doces das receitas que ela inventa
Quando o vento não venta
Quando o vento não venta
Quando a noite cai atrás do varal
E o sol desperta no Japão
Aqui no Sítio do Picapau
A gente vem beijar sua mão
Sua mão
Dona Benta, puxa a cadeira e senta
Quando a tarde se esquece esquenta
Porque o vento não venta
Porque o vento não venta
E quando cai o temporal
E quando vem assombração
E quando Emília passa mal
De tanto fazer confusão
Confusão
Dona Benta, puxa a cadeira e senta
Quando a tarde se esquece esquenta
Porque o vento não venta
Porque o vento não venta
E se o medo ronda o seu quintal
Com o pai Saci na escuridão
Nem mesmo bola de cristal
Tem o poder de sua benção
Sua benção
Dona Benta, puxa a cadeira e senta
Quando a tarde se esquece esquenta
Porque o vento não venta
Porque o vento não venta
E a vida é doce
Como os doces das receitas que ela inventa
Quando o vento não venta
Quando o vento não venta
Dona Benta, dona Benta
Dona Benta, dona Benta
Dona Benta
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