Cântico de Moisés

A Eternidade e a Transitoriedade da Vida em 'Cântico de Moisés'

A música 'Cântico de Moisés', interpretada por Elionai e Quézia, é uma profunda reflexão sobre a eternidade de Deus e a transitoriedade da vida humana. A letra inicia com uma série de declarações sobre a existência eterna de Deus, antes mesmo da criação do mundo: 'Antes que nascesse os montes / Antes que fundasse a terra / Antes que separasse os mares / Deus eternamente tu és'. Essas linhas remetem ao Salmo 90:2, que diz: 'Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus'. A música, portanto, estabelece a supremacia e a eternidade de Deus em contraste com a fragilidade humana.

A segunda estrofe continua a explorar essa temática, destacando a soberania de Deus sobre o tempo: 'Antes de nascer no campo, a perfumada flor / Antes de raiar o dia, do tempo tu és senhor'. Aqui, a letra sugere que Deus é o Senhor do tempo, uma ideia que ecoa em várias passagens bíblicas, como em 2 Pedro 3:8: 'Para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia'. A música enfatiza que, para Deus, o tempo é uma entidade fluida e controlável, enquanto para os humanos, é uma força inexorável que leva à mortalidade.

O clímax da música é um pedido humilde e sincero: 'Ensina-me a contar os nossos dias / De pouca duração a vida é'. Este pedido é uma referência direta ao Salmo 90:12: 'Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio'. A música conclui com uma reflexão sobre a brevidade da vida e a necessidade de viver de maneira significativa: 'Como a correnteza se vai / Como sono logo se passa / Faz-me hoje compreender ou viver'. A letra, portanto, não apenas reconhece a transitoriedade da vida, mas também busca sabedoria e compreensão para viver de acordo com os preceitos divinos, celebrando as maravilhas de Deus enquanto ainda há tempo.