
Black Is Beautiful
Elis Regina
Afirmação e resistência em “Black Is Beautiful” de Elis Regina
A interpretação de “Black Is Beautiful” por Elis Regina, durante o regime militar brasileiro, destaca o caráter provocativo e engajado da música. A escolha da artista gerou suspeitas de ligação com os Panteras Negras, evidenciando o impacto político da canção. A letra, ao afirmar “Eu quero um homem de cor / Um deus negro do Congo ou daqui / Que se integre no meu sangue europeu”, vai além de um desejo amoroso: propõe uma fusão simbólica entre culturas e desafia padrões raciais, celebrando a beleza negra em oposição à hegemonia branca. A referência ao movimento “Black is Beautiful” dos anos 1960 reforça esse posicionamento.
O tom afirmativo da música aparece tanto na repetição do refrão em inglês quanto na valorização do corpo e da identidade negra. O verso “Hoje cedo, na rua do Ouvidor / Quantos brancos horríveis eu vi” critica diretamente os padrões eurocêntricos de beleza, destacando a estética afrodescendente. A busca por integração e mistura de sangues sugere o desejo de superar barreiras raciais, enquanto a sensualidade em “Enfeitar o meu corpo no teu” expressa admiração e respeito pela cultura negra. A interpretação intensa de Elis Regina amplifica essas mensagens, transformando a canção em um manifesto de valorização da identidade negra em um contexto de repressão e preconceito.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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