Último Desejo
Elisa Addor
Despedida discreta e orgulho em "Último Desejo"
"Último Desejo", interpretada por Elisa Addor e composta por Noel Rosa em 1937, destaca-se pela recusa em transformar o fim de um relacionamento em um espetáculo público. A letra, ao afirmar que o amor "morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete, sem luar, sem violão", rompe com a tradição de finais dramáticos e opta por uma despedida silenciosa e discreta. Esse tom melancólico e resignado reforça a intenção de preservar a dignidade mesmo diante da dor do término.
Outro ponto importante é o pedido para que a ex-parceira mantenha uma imagem positiva do eu lírico diante dos outros: "Diga que você me adora, se você lamenta e chora a nossa separação". Isso revela o desejo de proteger o orgulho e a reputação, mesmo que o sofrimento seja inevitável. A música também aborda a diferença entre o que se sente e o que se mostra ao mundo. O trecho "Perto de você me calo, tudo penso e nada falo, tenho medo de chorar" mostra a dificuldade de expressar emoções profundas, preferindo o silêncio para evitar o sofrimento. Já o pedido irônico para que, às pessoas que ele detesta, ela diga que ele "não presta, que meu lar é o botequim, que eu arruinei sua vida" evidencia a ambiguidade do personagem, que prefere ser mal visto por quem não gosta, enquanto tenta manter uma boa lembrança entre os amigos. O contexto histórico da canção e suas diversas regravações reforçam a universalidade do tema: lidar com a perda sem perder a própria imagem diante da sociedade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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