
Arrumação
Elomar Figueira Melo
A rotina sertaneja e a esperança em "Arrumação"
"Arrumação", de Elomar Figueira Melo, retrata com clareza o cotidiano dos sertanejos diante da expectativa pela chuva, um momento decisivo para a vida no sertão. O verso “Olha os forro ramiado vai chuvê” mostra a atenção aos sinais da natureza e a esperança renovada, enquanto “Vamo plantá o feijão no pó” revela a urgência em aproveitar o tempo certo para o plantio, evidenciando a dependência do ciclo das águas para a sobrevivência.
A música também aborda os desafios enfrentados pelos moradores do sertão, como a ameaça da “sussuarana” (onça-parda), que representa o perigo para o gado e a vulnerabilidade das criações: “Lua nova sussarana vai passá / Sêda branca, na passada ela levô”. Além disso, a referência aos “ciganos” — “Os cigano já subiro bêra ri / É só danos, todo ano nunca vi” — traz à tona a presença de grupos nômades que, segundo a tradição local, causam prejuízos recorrentes. Esses elementos reforçam a luta constante dos sertanejos contra adversidades naturais e sociais.
A linguagem regional e os detalhes do dia a dia, como “futuca a tuia” (mexer no baú de mantimentos) e “pega o catadô” (instrumento para plantar), dão autenticidade à narrativa e aproximam o ouvinte da realidade do sertão. "Arrumação" valoriza a força, a esperança e a resiliência de quem vive nesse ambiente, tornando-se um retrato fiel da vida sertaneja.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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