
Cantiga de Amigo
Elomar Figueira Melo
Tradição e saudade em "Cantiga de Amigo" de Elomar
Em "Cantiga de Amigo", Elomar Figueira Melo resgata a estrutura das cantigas de amigo da tradição galego-portuguesa, trazendo para o sertão brasileiro uma voz feminina marcada pela nostalgia e pela dor da desilusão amorosa. Mesmo sendo interpretada por um homem, essa voz carrega sentimentos universais, conectando diferentes épocas e lugares. O verso “madre amiga é ruim / Me mentiu jurando amor que não tem fim” mostra como Elomar subverte a tradição: enquanto nas cantigas originais a confidente era a mãe ou uma amiga, aqui a "madre amiga" se torna símbolo da traição, representando a pessoa amada que quebrou a promessa de amor eterno.
A "Casa dos Carneiros" aparece como um cenário simbólico, misturando elementos da cultura sertaneja com um ambiente de celebração e lamento. Referências aos "violeiros" e "sete candeeiros" criam uma atmosfera de reunião, música e saudade. O número "dezessete" surge de forma misteriosa, podendo indicar uma idade importante, um ciclo de vida ou até um elemento pessoal do compositor. A repetição do pedido “conta-me se o amor não tem fim” e a menção aos “fios dos seus cabelos, sonhos e anelos” reforçam a intimidade e o desejo de partilha, mas também deixam clara a incerteza e a dor de quem foi abandonado. Assim, Elomar une a tradição medieval ao sertão para expressar a universalidade da saudade e da desilusão amorosa.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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