
Cantiga do Estradar
Elomar Figueira Melo
Sabedoria sertaneja e fé em "Cantiga do Estradar" de Elomar
Em "Cantiga do Estradar", Elomar Figueira Melo retrata a trajetória do sertanejo errante como uma jornada de provações, aprendizado e busca espiritual. O uso do dialeto regional confere autenticidade à narrativa e transmite uma sabedoria popular que vai além do relato das dificuldades do sertão. Quando Elomar canta “visitado os sete reino” e “traguei sem pestanejá sete didal de veneno”, ele utiliza números simbólicos e imagens marcantes para ilustrar as adversidades e tentações enfrentadas ao longo da vida, conectando a canção à tradição oral e à religiosidade sertaneja.
A música reflete sobre sofrimento e superação, como no verso “Sô irirmão do sufrimento / De pauta vea cum a dô”, em que o narrador se reconhece como parte de uma irmandade marcada pela dor, mas também pela resistência. A fé aparece como proteção, especialmente em “Jesus livrô derna d'eu môço / Do raivoso me panhá”, onde “raivoso” e “Tinhoso” fazem referência ao diabo, reforçando o enfrentamento espiritual. O ideal de vida proposto é de pureza e generosidade: “Nóis prufiasse pra sê branco / Inda mais puro / Qui o capucho do algudão”, sugerindo que a redenção está em viver com retidão, compaixão e perdão, ensinamentos do “Grande Rei”, uma alusão a Deus. Ao unir elementos da música erudita e da tradição sertaneja, Elomar cria uma obra que fala tanto do sertão quanto da condição humana, mostrando que, apesar das dificuldades, há sempre espaço para esperança, fé e transformação.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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